Disponívele: <http://www.youtube.com/watch?v=MD1-9tcYhwY&feature=related>. Acesso em: 18/10/2011.
Por Giselle Lima
É visível que a partir da Revolução Industrial, ocorrida em meados do século XVIII, até os dias de hoje sucederam-se inúmeras mudanças significativas no modelo de produção. As transformações sociopolíticas, econômicas e a expansão das expressões culturais foram aparecendo com mais força. Novos modelos no campo do trabalho como o sistema Fordista e Taylorista nos Estados Unidos e o sistema Toyotista no Japão expandiram.
A visão capitalista começou a se tornar mais abrangente buscando produzir em maior quantidade, com menor custo e em menor tempo, tendo como meta final o lucro e a satisfação dos clientes, ou melhor, dos consumidores. Muitas vezes para suprir às demandas de produção as tecnologias começaram a tomar lugar de trabalhadores, levando a desempregos e usurpações de jornada de trabalho e salários ínfimos.
Uma triste colocação de Frederick Winslow Taylor em vida foi “o sistema de produção é mais importante do que as pessoas” (CARLOS, 2006), sendo ainda eternizado de maneira negativa como explorador da mão-de-obra. Henry Ford criou a ideia de produção em série e marcou a história da empresa, tendo influência na formação da classe média e do mercado consumidor. Mudanças que como se pode observar deram novos rumos à comercialização vinda da economia feudal.
Trocas de mercadorias, criação de animais e pequenas plantações mudaram da água para o vinho no decorrer dos anos. Por mais que ainda hoje se vê grupos que vivem destas modalidades, neste caso são os excluídos da sociedade, pois os grandes empresários são donos de multinacionais, hectares de terras que ultrapassam as fronteiras, criadores de gado de inúmeras cabeças e de uma infinitude de outras abrangências na ciência e tecnologia. A idéia mudou da adição para a multiplicação.
O sistema Toyota de produção é um exemplo de expansão, alta tecnologia e organização para lucrar e sobreviver até mesmo durante as crises econômicas. Porém, por mais que se invista em maquinários e produza produtos de qualidade, antes de tudo se faz necessário investir na capacitação das pessoas desde os funcionários até a chefia, ou seja, investir na educação da empresa, na união de ideias para um bem comum e um bem social. Formando pessoas mais responsáveis e solidárias uma com as outras. Parece até ficção, como querer juntar o lucro com o social, buscando principalmente o segundo, mas sem quebrar nenhum lado? No sistema capitalista vigente é difícil mais o democratizando quem sabe alguns passos não sejam vistos?
A Pedagogia Empresarial é uma área nova no campo da Pedagogia que pode ajudar a democratizar o capitalismo, ajudando as empresas a cresceram, mas não em detrimento das necessidades humanas, pois as pessoas são mais importantes do que os sistemas de produção. O mercado de trabalho não precisa de humanos robotizados, mas de humanos mais humanos. Nisto o profissional pedagogo detentor de uma função social de intervenção no processo de ensino e aprendizagem nas empresas pode ajudar.
A educação nas empresas é o maior passo para o sucesso. Empresas fechadas em rituais e tradições sem abertura ao novo são como madeiras podres, podem até serem usadas para produção de cadeiras, mas não servem para sentar. É necessário plantar novas ideias propiciando assim madeiras de boa qualidade que consigam seguir o ritmo do século XXI, não vou falar que tudo que é antigo é ruim, pois até mesmo madeira podre serve de moradia para fungos, pequenos animais e detalhes para obras de arte. Passar verniz por cima ou óleo de peroba não adiantaria, pois a mudança deve partir de dentro da empresa, não de seu exterior e de seu marketing muitas vezes maroto.
É necessário ter em mente que a vida é uma constante mudança, com altos e baixos como na bolsa de valores, porém propicia novas experiências. Na lógica só paramos de produzir quando morremos, mas em vida aqui na Terra é impossível querer separar a ideia de progresso, avanços tecnológicos, novos sistemas, excluindo deste cenário grande parte dos protagonistas, ou seja, as pessoas. O capital precisa aprender a ser um pai mais afetivo, não deixar morrer os filhos da sociedade na porta da empresa. As mudanças circulam soltas e se faz necessário lutar pela expansão de uma Pedagogia Empresarial global.

Disponível em: <http://livroaberto-01.blogspot.com/>. Acesso em: 08/10/11.
REFERÊNCIAS
CARLOS, Cássio Starling. O senhor do tempo: Frederick Winslow Taylor. Disponível em: <http://historia.abril.com.br/2006/edicoes/personagens/mt_200835#texto>. Acesso em: 08/10/11.
HOLTZ, Maria Luiza M. Lições de Pedagogia Empresarial. MH Assesoria Empresarial Ltda. Revista e ampliada em novembro de 2006, Sorocaba (SP). Disponível em: <http://www.mh.etc.br/documentos/licoes_de_pedagogia_empresarial.pdf>. Acesso em: 08/10/11.
Um comentário:
oi meninas
parabéns... blog muito coerente, bem pesquisado e visualmente agradável...
Denise
Postar um comentário