Por Fabiana Marques de Aquino
Começo fazendo uma reflexão e ressaltando a maneira de como está acontecendo o ensino e a alfabetização hoje nas escolas, e peço que ao ler este texto, nós estudantes de pedagogia e professores possamos pensar sobre o futuro que estamos construindo, e que muitas vezes tratamos as crianças de maneira mecânica. Como diz Paulo Freire, ficamos apenas depositando conteúdo em suas cabeças e as impossibilitando de serem criativos e produtivos, e acabamos por transformá-las em simples, empobrecidos e reprodutores de conceitos ou de conteúdos do qual eles nem sequer compreendem o sentido ou entendem o porquê de estar fazendo determinadas tarefas ou atividades na escola.
Temos que pensar em como estamos excluindo e impossibilitando a educação, massacrando os alunos com apostilas e métodos e enfatizando a postura de sujeitos passivos. Quando na verdade podemos incluir trazendo a vida social para dentro da escola, ou seja, trabalhar com a realidade das crianças e do momento em que vivemos, o que por muitas vezes acaba sendo difícil para o professor, porque trabalhar o novo carrega conflitos. O professor deve perceber e aceitar que ele não sabe tudo, mas é difícil assumir esta postura, pois a maioria dos professores acham que se assumirem como sujeitos em contínuo desenvolvimento e aprendizagem será o mesmo que rebaixá-los. O processo leva tempo, mas reflito que temos que começar a repensar sobre a nossa prática hoje e agora!
Acredito que a educação e a alfabetização tem que ser trabalhada para a libertação, onde nós professores possibilitaremos aos alunos uma construção de mundo onde eles percebam que tem o poder, que em seu aprendizado ele possa ver significado e ter a sua leitura de mundo mais crítica e instrumentalizada, com base e referência, e o professor é quem pode ajudar o aluno mediando este processo contínuo de aprendizado. O caminho que a educação está seguindo pode incluir ou excluir o aluno, ou seja, podemos incentivar a autonomia dos alunos ou podemos silenciá-los. Com isto destaco estas palavras de Paulo Freire em seu livro “Educação e Mudança” onde ele coloca que:
"Somente um ser capaz de sair do seu contexto, de 'distanciar-se' dele para ficar com ele, sendo capaz de admirá-lo para, objetivando-o, transformá-lo e, transformando-o, saber-se transformado pela sua própria criação, um ser que é e esta sendo no tempo que é o seu, um ser histórico, somente este é capaz por tudo isto, de comprometer-se" (pág.17, edição 9, Ed. Paz e Terra).
O professor que conseguir se comprometer com a educação e acreditar que ele pode mudar, saindo da alienação em que por vezes o sistema o colocou, este sim conseguirá dar aos seus alunos a esperança; quem age assim estimulará o fazer autônomo dos alunos para a construção de seus próprios conhecimentos, pois assim serão capazes de se transformarem em indivíduos críticos e reflexivos no mundo em que vivem!
Disponível em: < https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgICMePUskXtyHkRj7GPldRjhJZG9UyPn-qmRGEp6uOrw4HoADzSdAN7uUuV7LC9JvcU3Irebi1RG73z0xNJxo65MxpZU5EHtkVJpN3UKIQaoqUO8oBraDDCc1mw-8Xy6_3J7v-akHqEpF3/s1600/mudar_o_mundo.jpg>.
Acesso em: 05/10/11.
Acesso em: 05/10/11.
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