Por Anna Paula Strefezza
Empreendedorismo e o interesse sobre esse tema deixou há muito tempo de ser moda e passou a ser essencial no mercado de trabalho, segundo uma pesquisa realizada por Luiz Fernando Garcia, consultor especialista em manejo comportamental e empreendedorismo, hoje, a personalidade empreendedora - um jeito de ser - que corresponde a 3,5 a 5% da população mundial, e a conduta empreendedora - pessoas que são orientadas para resultados com traços de iniciativa, risco e visão - representam nada menos que 81% dos negócios geradores de empregos e do PIB de um país através da PEME (Pequenas e Médias Empresas). Em 2000, o Ministério da Educação e Cultura encomendou um estudo sobre o tema, onde foram mapeadas mais de 370 teses e selecionadas 72 das mais importantes nesse assunto. O que mais chamou a atenção era que 70% dos pensadores usavam o termo “Self Mademan” (aquele que se faz por si só), isso significa sem ajuda de ninguém, inclusive sem ajuda financeira.
Porém quando pensamos no termo jovem empreendedor nos vem à mente aqueles que se graduaram recentemente na universidade e optaram por abrir um negócio próprio ao invés de trabalharem para outras empresas, dificilmente pensamos em pessoas recém-formadas no ensino médio que optaram por abrir um negócio antes de irem à universidade e por que isso acontece? Talvez pelo preconceito de acharmos que uma pessoa que terminou o ensino médio não tenha a maturidade suficiente para abrir uma empresa ou talvez por acharmos que tais pessoas não possuam noções financeiras e nem conhecimento específico necessário para ser um empresário.
Mas se o objetivo da escola é formar cidadãos conscientes e capacitados de se inserirem na sociedade de forma completa, então porque não podemos oferecer ferramentas para que nossos alunos sejam mais empreendedores?
Há bastante tempo escolas regulares dos Estados Unidos oferecem programas para jovens que buscam abrir seus próprios negócios, conhecidos como [1]Entrepreneurship programs, alunos possuem em sua grade curricular conhecimentos sobre: gestão financeira, conhecimentos de investimentos e seus riscos e noções sobre economia, gerenciamento e liderança. Tais aulas servem para ferramentar o aluno sobre questões importantíssimas para a inserção do mesmo no mundo dos negócios, além disso, muitas escolas oferecem professores que servirão como consultores, tirando dúvidas e orientando sobre as questões legais no processo de abrir um novo negócio.
No Brasil, o SEBRAE oferece cursos extracurriculares voltados a esse fim, infelizmente não possuímos disciplinas focadas em empreendedorismo nos cursos regulares, mas essa tendência vem chegando com mais força no país e em algumas cidades podemos ver algumas disciplinas sendo inseridas no ensino básico. Abaixo vocês verão um vídeo que mostra exatamente isso, um projeto empreendedor realizado no estado do Pará. Esperamos que essa escola se torne modelo para muitas outras e que em pouco tempo possamos tornar nossos jovens, pessoas mais empreendedoras, responsáveis e conscientes.
Referências:
< http://www.berea.edu/epg/documents/highschoolresources.pdf > último acesso em 6 de novembro de 2011.
< http://www.dicasprofissionais.com.br/artigos2.asp?id=17 > último acesso em 6 de novembro de 2011.
< http://www.inc.com/news/articles/200606/courses.html > último acesso em 6 de novembro de 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário