segunda-feira, 21 de novembro de 2011

HQs - Nossa história de Alfabetização

A professora Marta Regina Paulo da Silva do curso de pedagogia da UMESP solicitou a todos os alunos que recriassem em versão HQ nossas memórias de Alfabetização.

Posto as minhas, espero que gostem do Mundinho de Anninha :)

Basta clicar nas imagens para melhor visualização!







domingo, 13 de novembro de 2011

El Derecho al Delirio

Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=m-pgHlB8QdQ>. Acesso em: 16/11/11.

Vídeo: "El Derecho al Delirio" - Eduardo Galeano

Por Anna Paula Strefezza

Nós do Blog Unidos para Incluir desejamos que todos os cidadãos do mundo tenham o direito ao delírio, não só uma vez, mas por toda a vida.

"A vida só tem sentido quando acreditamos nela e caminhamos pelas ruelas de nossos sonhos nunca os perdendo de vista" (Giselle Stefanelli de Lima, 2011).

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

REFLEXÕES SOBRE CIDADANIA EM GRAMSCI:

ANTONIO GRAMSCI

"A tendência democrática de escola não pode consistir apenas em que um operário manual se torne qualificado, mas em que cada cidadão possa se tornar governante"

Disponível em: <http://www.marxists.org/glossary/people/g/pics/gramsci.jpg>.
Acesso em: 16/11/11.

Por Jésssica Santos Silva

            Trazendo a questão da cidadania para o nosso blog,não podemos deixar de citar as contribuições do filósofo italiano Antonio Gramsci, pois foi um cidadão que tinha um olhar voltado para a classe trabalhadora a ponto de incomodar as autoridades daquele tempo. Ele alegava que o papel da escola, principalmente tratando-se da escola das classes mais desfavorecidas não era apenas preparar o aluno para que ele se torne um operário no futuro, mas sim formar cidadãos “Intelectuais Orgânicos”, ou seja, cidadãos governantes, e engajados nas lutas das classes sociais a que pertencem, e assim pessoas que ao ter uma consciência crítica, possam organizar a classe social a qual pertence e com isso tornarem-se pessoas ímpares perante a sociedade.
             É interessante, que nós do grupo Unidos para Incluir além de conhecermos um pouco da vida de Gramsci através do conhecimento adquirido através da aula do prof. Osvaldo de Geografia podemos dizer que mesmo ao saber que esse intelectual viveu no início do séc. XX, a visão de mundo que ele tinha era uma visão tão magnífica que sua mensagem, ainda é atual mesmo no séc. XIX. Pois infelizmente ainda hoje a educação não é um direito de todos se formos pensar pelo lado realista, as escolas que atendem aos alunos das classes mais desfavorecidas têm como objetivo prepará-los para o mercado de trabalho, enquanto os ricos ao freqüentarem os melhores colégios têm acesso a uma educação diferenciada e melhor do que a educação que provém da escola dos pobres.
            Gramsci nasceu em uma família numerosa e de origem muito pobre no ano de 1891, adquiriu uma doença quando ainda criança antes dos dois anos, que o deixou corcunda o resto de sua vida, sempre soube encarar seus desafios e se tornar um exemplo até hoje e também um vencedor.
            Gramsci era um ser tão excepcional e à frente do seu tempo que no dia em que foi preso pelo regime fascista até mesmo o próprio juiz o condenou com a seguinte frase “Temos que impedir esse cérebro de funcionar durante 20 anos”. E mesmo na prisão, o Co fundador do partido comunista italiano não deixou de escrever os seus textos, reunindo todos em Cadernos e Cartas do Cárcere.
            Para ele, a escola era uma instituição de tão grande importância da vida das pessoas que seria o instrumento mais importante para a transformação do meio com o todo. Ele acreditava que era necessário educar trabalhadores para que esses seres intelectuais pudessem defender os interesses da classe trabalhadora a que surgiram. Gramsci inspirava-se nas ideologias do filósofo alemão Karl Marx.
            Vale ressaltar que o conceito de práxis algumas vezes é muito mal compreendido pelas pessoas, pois fazem uma ligação de práxis com a prática. Gramsci ao viver em sua época foi o pensador que desenvolveu o conceito de práxis com base nas teorias de Karl Marx e Aristóteles. Gramsci dizia que a práxis nada mais era do que uma história, ou seja, um processo que se dá com a interferência do gênero humano nas condições ambientais, para consecução dos seus propósitos e necessidades. Seria a teoria ligada à prática.
            Gramsci também dizia que entre toda relação de hegemonia é necessária uma relação pedagógica, ou seja, a pedagogia podia ser comparada a um aprendizado. Ela tem o poder de unir a força representada pelas autoridades com a cultura que provém do povo que é chamada de consenso.
            A hegemonia por envolver o poder autoritário e o consenso comum, provém através de lutas, ou seja, de direções constantes primeiro do campo da ética, depois no da política, por isso a escola assume uma grande importância na vida do cidadão por que é necessário primeiro conquistar as mentes para depois caminhar rumo ao poder e cabe a ela formar cidadãos prontos para essa batalha.

            Gramsci morreu aos 46 anos em uma clínica de Roma no ano de 1937 após cumpri 10 anos de prisão. Sua obra, em sua maior parte escrita na prisão teve grande influência no Brasil nos anos 1970 e 1980. 
                                  
Discussão de conceitos  em Gramsci:

Cidadania: A conquista da cidadania deve ser um objetivo da escola, ou seja, cabe a escola a função de dar acesso à cultura das classes dominantes, para que todos possam ser cidadãos plenos.
Hegemonia: Relação de domínio de uma classe social, sobre o conjunto da sociedade.
Intelectuais Orgânicos: Cidadãos governantes e engajados nas lutas das classes sociais a que pertence. Pessoas que organizam e tomam frente da classe, geralmente a menos favorecida e defendem os interesses do povo. Todos os homens são intelectuais, porém nem todos desempenham na sociedade a função de intelectual. O intelectual orgânico é aquele que consegue se destacar. Exemplo mais comum, um pastor.
Senso Comum: Diz respeito, sobretudo à cultura: trata-se de uma liderança ideológica conquistada entre a maioria da sociedade e formada por um conjunto de valores morais e regras de comportamento.


Observação: o docente Oswaldo Junior do 4º período de Pedagogia  propôs que trouxessemos as contribuições de Antonio Gramsci para refletir sobre a importância do conhecimento da vida a partir desse filósofo. É interessante para a prática pedagógica conhecer pensadores que fizeram história, e é fundamental saber alguns concentos vindo de Gramsci.


REFERÊNCIAS

MARX; GRAMSCI. Natureza  luta de classes. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/sociologia/praxis-marx-e-gramsci.jhtm>. Acesso em: 15/11/11.

Educar para crescer. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/antonio-gramsci-307895.shtml>. Acesso em: 15/11/11.

domingo, 6 de novembro de 2011

Occupy Wall Street


Disponível em: <http://blogs-images.forbes.com/jamesmarshallcrotty/files/2011/10/occupy-wallstreetposter.jpg>. Acesso em: 06/11/11.

Conheça o movimento que vem chamando a atenção do mundo globalizado, conscientizando as pessoas e questionando os problemas da sociedade

 
                                                                                             Por Jessica Santos Silva

             No dia 17 de setembro de 2011, iniciou-se uma grande manifestação com o intuito de protestar contra a influência empresarial na sociedade, no governo dos Estados Unidos e também contra a impunidade dos responsáveis e beneficiários da crise financeira mundial. Occupy Wall Street é um evento que já mobilizou mais de dez mil pessoas em todo o mundo e vem ocorrendo em várias cidades dos Estados Unidos e também em algumas localidades da Europa. A origem do nome da manifestação provém do inicio dos protestos que veio a acontecer na bolsa de valores de Nova York  chamada “Wall Street” conhecida como o coração financeiro do mundo.
            Uma bailarina sobre o touro é o símbolo do movimento, sendo que a bailarina representa a humanidade e o touro à força do mercado. Transmitindo assim o conceito da “humanidade acima do mercado” que é um dos principais objetivos dessa manifestação.
            O Occupy Wall Street tem o intuito de protestar contra a desigualdade social, a ganância empresarial e o sistema capitalista como um todo. Tocando na questão do problema dos altos juros cobrados pelos banqueiros que contribuem para a crise mundial prejudicando assim os mais pobres, ou seja a população em geral.
            O movimento não possui líderes é uma organização de pessoas as quais todas podem falar e expressarem suas opniões participando assim das decisões coletivamente.
            Esse movimento cada vez mais esta se tornando tão grande e influente que até mesmo algumas pessoas públicas estão tomando conhecimento dele e contribuindo para que tal evento seja edificado.Recentemente foi visitado por um grande filosofo da atualidade chamado Slavoj Zizek que fez um discurso polemico e realista aos manifestantes do movimento chamado “tinta vermelha” fazendo uma forte crítica ao individualismo do mundo que privilegia mais o ter do que o ser e indagando sobre qual seria a organização ideal denunciando o falso socialismo existente nos países ricos.
            Os manifestantes indicaram que a ocupação será mantida e o protesto continuará "pelo tempo que for necessário para atendimento às demandas"."Wall Street” chama a tenção de todo o mundo pois questiona que é possivel sim pensar em uma nova alternativa sugerindo assim mudanças e melhorias no mundo e na vida das camadas mais desfavorecidas da sociedade. Porém os integrantes do manifesto já admitiram de que tudo é apenas um começo e está bem longe do fim.

Discussão: partindo disso tudo só se percebe o quanto o mundo já demonstra o quanto necessita de um toque de mais sensibilidade, pois se não a própria humanidade se tornará um mar de violência.
 
REFERÊNCIAS

 





ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE EM HQ!

Para os educadores e amantes de histórias em quadrinho a câmara dos deputados lançou o Estatuto da Criança e do Adolescente em HQ.

Fica a dica para todos os professores que buscam formas dinâmicas para trabalhar os direitos e os deveres com seus alunos.

Link do material:

Disponível em: <https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGHoRzQ6RBG1pOUNerw8s44uCTFnvX8Ap-wv6K-IL_llTeqxepvPOxyjEx5rC7EeHFSXrQcP6ytyKnIQEIgziw5AeJjL8YlKQ3XsmYiZSnDEOY4zHRjPMj_o4tGr1MPfs_Ur9WYQEGmqvY/s320/imagem.bmp>. Acesso em: 04/11/11.

“Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem.” Bertolt Brecht.

Por Anna Paula Strefezza 

A frase de Brecht vem de encontro com o que o filme Crianças invisíveis quer mostrar. Produzido por sete diretores de sete países diferentes relatam a vida de crianças e adolescentes que simplesmente foram deixadas para trás, seja por problemas familiares, financeiros ou doenças. 

O filme retrata, de forma impactante, como nós adultos somos imprudentes, digo nós de modo geral, pois de acordo com o art 4o. do Estatuto da Criança e do adolescente, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, e ao fecharmos nossos olhos para a exclusão e a marginalização das crianças e dos adolescentes ao nosso redor, somos também culpados.

A violência, preocupação geral da sociedade, é a consequência de nossa negligência e cabe a nós educadores, cidadãos do mundo lutar pela mudança do atual quadro.


Para os interessados no filme:
Título Original: All the Invisible Children 
Gênero: Drama
Duração: 116 min.
Ano: Itália - 2005
Distribuidora: Paris Filmes 
Direção: Mehdi Charef, Kátia Lund, John Woo, Emir Kusturica, Spike Lee, Jordan Scott, Ridley Scott e Stefano Veneruso



Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=trGs9Jmeom0>. Acesso em: 04/11/11.

SARAU - ESTUDANTES DE PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

Aconteceu no dia 31 de outubro de 2011 às 08h00 o Sarau dos alunos de pedagogia da Universidade Metodista de São Paulo, organizado pela professora Marta Regina Paulo da Silva, os alunos se dividiram em grupos e apresentaram diversos gêneros (contos, causos, histórias de horror, cordel, lendas e poesias) com o objetivo de propiciar a troca de conhecimento entre os alunos.

A experiência foi gratificante e todos se divertiram muito, seguem abaixo algumas fotos do evento.



Pedagogia empresarial e seus benefícios para as empresas e para os profissionais da educação.

Por Anna Paula Strefezza

Em uma entrevista para a revista Exame, Ricardo Semler, sócio majoritário/chefe executivo da SEMCO e apontado pela revista TIMES(1) como um dos 100 jovens líderes globais, afirma que apesar das empresas buscarem a modernidade, pouco se mudou no mundo empresarial, há ainda um enorme atraso no que tange a gestão e o desenvolvimento profissional, com suas próprias palavras diz: “Nem toda empresa é Google ou Facebook”.
Apesar do grande atraso, muitas empresas vêm buscando uma forma de gestão mais democrática e estratégias para o desenvolvimento de seus colaboradores. Apesar do setor de Recursos Humanos já possuir estrutura bem organizada e reconhecida no mundo dos negócios, a pedagogia empresarial tem ganhado força devido a sua proposta de desenvolvimento mais humanística.
Muitas grandes empresas apostam hoje em um trabalho conjunto entre a pedagogia e o RH, buscando otimizar resultados. Empresas de menores portes optam por consultorias pedagógicas para oferecer treinamentos, trabalhar integração e trabalho em grupo, entre outras habilidades humanas a serem desenvolvidas.
O CNA, rede de ensino de língua estrangeira, vêm apostando nesse nicho há muito tempo, sua central oferece a todas as escolas franquiadas, treinamentos constantes buscando desenvolver não só o departamento pedagógico, mas também os departamentos comercial e financeiro, além de oferecer treinamento exclusivo para secretárias e equipe de limpeza e serviços gerais.
Contando com um calendário que anualmente oferece treinamentos, palestras e conferências, o CNA garante a qualidade dos serviços oferecidos em suas mais de 660 escolas espalhadas pelo Brasil. Mas tal abordagem não se restringe somente a central, a franquia e escola modelo CNA São Mateus, localizada em São Paulo, também possui um plano de desenvolvimento profissional e pessoal inspirada na pedagogia.
Há mais de 10 anos, é realizado anualmente o Encontro de Desenvolvimento Profissional, nesse evento, todos os departamentos da empresa se dividem em grupo e apresentam um trabalho de pesquisa, realizando durante um ano, podendo ele ter foco no operacional, em novas propostas de desenvolvimento, ou reflexão e mudança comportamental. Todos os funcionários da empresa apresentam e assistem as palestras ou oficinas dos outros grupos, gerando assim não só a troca de conhecimento e experiência, mas também o reconhecimento da importância do trabalho do outro.
Outro trabalho desenvolvido nesse evento é a integração de departamentos, com o projeto a Equipe faz o show, funcionários de todos os departamentos se mesclam e juntos apresentam um trabalho artístico, provendo além de muita diversão a oportunidade dos colaboradores se conhecerem fora do exercício de suas funções profissionais.
Além desses encontros anuais, cada departamento possui um cronograma de desenvolvimento profissional, o departamento pedagógico, por exemplo, ofereceu aos professores no período de férias dos alunos, palestras abordando a práxis em sala de aula, algumas palestras e oficinas foram: a arte-educação e inclusão. Os temas foram escolhidos de acordo com a necessidade da empresa, uma vez que a escola possui muitos alunos de inclusão e que nem todos os docentes possuíam o conhecimento necessário para lidar com tais questões.
Tal como o CNA muitas outras empresas buscam profissionais capacitados para desenvolver um projeto pedagógico nas empresas, abrindo, portanto, um bom nicho de mercado para estudantes de pedagogia. Para aqueles interessados na área as faculdades Anhanguera, Estácio de Sá oferecem um curso presencial de pós-graduação em pedagogia empresarial e o Portal Educação oferece o curso de forma virtual.

Para mais informações consulte os sites:




(1)Apontadas pela revista americana FORTUNE como as melhores empresas para se trabalhar. 

Pedagogia Empreendedora: uma disciplina libertadora.

 Por Anna Paula Strefezza

Empreendedorismo e o interesse sobre esse tema deixou há muito tempo de ser moda e passou a ser essencial no mercado de trabalho, segundo uma pesquisa realizada por Luiz Fernando Garcia, consultor especialista em manejo comportamental e empreendedorismo, hoje, a personalidade empreendedora - um jeito de ser - que corresponde a 3,5 a 5% da população mundial, e a conduta empreendedora - pessoas que são orientadas para resultados com traços de iniciativa, risco e visão - representam nada menos que 81% dos negócios geradores de empregos e do PIB de um país através da PEME (Pequenas e Médias Empresas).
Em 2000, o Ministério da Educação e Cultura encomendou um estudo sobre o tema, onde foram mapeadas mais de 370 teses e selecionadas 72 das mais importantes nesse assunto. O que mais chamou a atenção era que 70% dos pensadores usavam o termo “Self Mademan” (aquele que se faz por si só), isso significa sem ajuda de ninguém, inclusive sem ajuda financeira.
Porém quando pensamos no termo jovem empreendedor nos vem à mente aqueles que se graduaram recentemente na universidade e optaram por abrir um negócio próprio ao invés de trabalharem para outras empresas, dificilmente pensamos em pessoas recém-formadas no ensino médio que optaram por abrir um negócio antes de irem à universidade e por que isso acontece? Talvez pelo preconceito de acharmos que uma pessoa que terminou o ensino médio não tenha a maturidade suficiente para abrir uma empresa ou talvez por acharmos que tais pessoas não possuam noções financeiras e nem conhecimento específico necessário para ser um empresário.
Mas se o objetivo da escola é formar cidadãos conscientes e capacitados de se inserirem na sociedade de forma completa, então porque não podemos oferecer ferramentas para que nossos alunos sejam mais empreendedores?
Há bastante tempo escolas regulares dos Estados Unidos oferecem programas para jovens que buscam abrir seus próprios negócios, conhecidos como [1]Entrepreneurship programs, alunos possuem em sua grade curricular conhecimentos sobre: gestão financeira, conhecimentos de investimentos e seus riscos e noções sobre economia, gerenciamento e liderança. Tais aulas servem para ferramentar o aluno sobre questões importantíssimas para a inserção do mesmo no mundo dos negócios, além disso, muitas escolas oferecem professores que servirão como consultores, tirando dúvidas e orientando sobre as questões legais no processo de abrir um novo negócio.
No Brasil, o SEBRAE oferece cursos extracurriculares voltados a esse fim, infelizmente não possuímos disciplinas focadas em empreendedorismo nos cursos regulares, mas essa tendência vem chegando com mais força no país e em algumas cidades podemos ver algumas disciplinas sendo inseridas no ensino básico. Abaixo vocês verão um vídeo que mostra exatamente isso, um projeto empreendedor realizado no estado do Pará. Esperamos que essa escola se torne modelo para muitas outras e que em pouco tempo possamos tornar nossos jovens, pessoas mais empreendedoras, responsáveis e conscientes.

Referências:
< http://www.berea.edu/epg/documents/highschoolresources.pdf > último acesso em 6 de novembro de 2011.
< http://www.dicasprofissionais.com.br/artigos2.asp?id=17 > último acesso em 6 de novembro de 2011.
< http://www.inc.com/news/articles/200606/courses.html > último acesso em 6 de novembro de 2011.



[1] Programa de Empreendedorismo.

domingo, 30 de outubro de 2011

Educação de Jovens e Adultos - Cordel

EDUCAÇÃO É UMA LUTA 

Não consigo entender essa tal educação
Não foi feita para todos
Isso é pura enganação
Quem quiser tirar a prova
Basta só olhar pra trás
Tem criança pela rua pedindo esmola demais.

Quando eu era pequenina
Minha mãe sempre dizia
Vê se vai estudar menina
Para ser alguém na vida
Agora que eu cresci
Já consigo entender
Se você não vai à escola
Muito tempo vai perder.

Conheci um  tal de EJA
Estudando alfabetização
Meus parentes já fizeram
Isso é moda entre o povão
Que precisa trabalhar
Em vez de fazer lição.

Mãe levantava cedinho para poder trabalhar
Fazendo faxina o dia inteiro
Até não poder aguentar
Quando davam sete horas tinha que ir estudar
Quase caindo de sono
Mas tendo que aguentar.

Seu diploma ela tirou
Com orgulho ela ficou
Seu nome é Maria da ajuda
Mas podem chamar de luta
Porque só lutando muito
Com todas as dificuldades
Teremos grande sucesso
Essa é a mais pura verdade.

Por Geisana Mendes e Silva


Disponível em: <http://enquantoisso.com/curso-gratis-online-educacao-de-jovens-e-adultos-e-onde-fazer/>. Acesso em: 30/10/11.

REFERÊNCIA

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 50 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011. 253 p.

sábado, 29 de outubro de 2011

Não podemos fechar os olhos, pois a exclusão ainda existe e é bem real!

O grupo Unidos para Incluir acredita que não se pode fechar os olhos para o que é visível. Você quer fechar ou não? De que lado você está: da educação dos brasileiros ou dos "terroristas" e racistas?

Disponível em: <http://www.visaomundial.org.br/noticias/view/muro-de-escola-e-pichado-com-a-frase-vamos-cuidar-do-futuro-de-nossas-criancas-brancas.html>. Acesso em: 29/10/11. 

Carta em solidariedade a Escola Municipal de Educação Infantil Guia Lopes/SP

   Vamos cuidar do futuro de nossas crianças, sim! Combatendo o racismo, hoje!

Lucimar Rosa Dias
1 Professora da UFMS/ Consultora do CEERT.
2 Diretora Executiva do CEERT - Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades
3 SME-SP/CEERT/Fórum Paulista de Educação Infantil
Maria Aparecida da Silva Bento
Waldete Tristão Farias Oliveira

Em, 2011 foi instituída a campanha do UNICEF “Por uma infância sem racismo”, e também o ano internacional do afrodescendente, definido pela ONU, marcos importantes para estimular ações em prol da igualdade racial na educação. Além disso, a educação brasileira em sua lei maior institui como obrigatório o trabalho, permanente, com a cultura afro-brasileira e africana. Parecem medidas simples e de baixo impacto para superar as desigualdades raciais tão agudamente vividas pela população negra brasileira e de modo especial pelas crianças negras e indígenas.
Segundo dados divulgados no 2º Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil: 2009-2010 em 2008, 84,5% das crianças negras de até 3 anos não frequentavam creches enquanto 79,3% das crianças branca estão nesses espaços. Em relação às crianças negras de 6 anos, 7,5% estavam fora de qualquer tipo de instituição educacional enquanto 4,8% das crianças brancas estavam nesta situação e por fim somente 41,6% das crianças negras de 6 anos estavam no sistema de ensino seriado comparado a 49% das crianças brancas.
Diante desses dados as medidas assinaladas se coadunam com a cobrança dos movimentos sociais para a instituição de políticas que modifiquem o quadro de desigualdade racial que também atinge às crianças. No entanto, quando gestores e professores comprometidos com uma educação que favoreça o pleno desenvolvimento da criança incluem no seu fazer pedagógico ações que busquem romper com a dominação de raça, cumprindo a legislação educacional vigente e dando concretude as demandas da agenda internacional, acontecem fatos da magnitude do que ocorreu na escola de educação infantil Guia Lopes, na zona norte de São Paulo que relato a seguir.
Depois da festa junina afro-brasileira, da oficina de toques de tambores e de outras ações que trabalharam a diversidade racial. No sábado do dia 16/10/2011, o muro da escola amanheceu pichado com a seguinte frase: "vamos cuidar do futuro de nossas crianças brancas”. Escrita entre duas suásticas, como podemos ver na imagem posta. Sabemos que o uso desse símbolo para fins de divulgação do nazismo é proibido, aliás, texto posto na lei que institui o crime de racismo. Mera coincidência?
           Claro que não. Os que escreveram, falam de um lugar muito bem definido. Ameaçam e sabem por quê. São pessoas assustadas com a possibilidade de ver o desmantelamento de uma educação que privilegia um único saber, que desmerece a construção cultural da população negra. Sabem que o trabalho realizado pela instituição, em questão, tem repercussões mais profundas do que simplesmente mudar o currículo. Assustam-se ante a existência de crianças negras empoderadas, cientes de seu valor como sujeito histórico, da beleza de seus cabelos e cor de pele da relevância de suas vidas.
O recado foi certeiro e de mão dupla. Para a equipe pedagógica que vem realizando um trabalho notável e colaborou para o desenvolvimento de matéria didático-pedagógico como parte do projeto da Rede Educar para a Igualdade Racial na Educação Infantil (Ufscar/MEC/CEERT), incluindo várias referências do patrimônio cultural afro-brasileiro e africano nas atividades educacionais desenvolvidas, as suásticas. Ou seja, a violência própria do nazismo, a ameaça, a instituição do medo. Para as famílias uma invocação da solidariedade da raça, à defesa dos privilégios, um chamado à supremacia da brancura, à preservação de uma educação eurocentrada.
Porém, o desfecho talvez surpreenda os pichadores. A reação foi imediata: protesto em diferentes redes virtuais e repercussão na mídia em todo o Brasil demonstrando que há uma resistência articulada, e nem esta escola, nem qualquer outra estará sozinha na grande tarefa de cuidar do futuro das crianças, garantindo-lhes uma educação sem discriminação e promotora da igualdade racial.
Serão as crianças mobilizadas pela escola que darão a resposta mais emblemática a este episódio. No lugar das suásticas e da frase racista, desenhos infantis, pois como dizia o grande mestre Paulo Freire “ensinar exige a convicção de que mudar é possível”, nós estamos convictos que a educação infantil tem um papel fundamental na construção de mentalidades que serão incapazes de uma pichação desse tipo. Com esse desfecho a escola cumpre efetivamente sua parte nesse processo e esperamos que as autoridades também façam a sua, no sentido de coibir novas manifestações de mesmo teor e protegendo a escola, as famílias e a sociedade brasileira do racismo.

Com vista no que foi lido e refletido, só podemos chegar a uma conclusão: a educação tem muito trabalho ainda para tentar humanizar a sociedade e tentar buscar transformar a mentalidade preconceituosa. Assim se deve buscar com as crianças de hoje uma educação emancipatória como proposta pela Escola Municipal de Educação Infantil Guia Lopes em São Paulo. Não bastam as escolas apenas terem um feriado de Conscientização Negra uma vez ao ano e comemorarem uma vez ao ano o Dia do Índio. São necessárias ideias inclusivas e abrangentes para que assim se  possam ter adultos no amanhã com uma mentalidade diferente da vigente. Os ensinamentos devem começar desde cedo para evitar crostas de imundície e opressão. As crianças não tem culpa de mentalidades tão pequenas vindas dos adultos, precisamos agir, pequenos passos podem percorrer grandes distâncias, caso cada um der um pequeno passo a Educação já poderá ver traços de mudança. Por isso, vamos implantar propostas inclusivas em nossas escolas brasileiras!

Por Unidos para Incluir

REFERÊNCIA

DIAS, L.; , BENTO, M.; OLIVEIRA, W. Vamos cuidar do futuro de nossas crianças, sim! Combatendo o racismo, hoje! Disponível em: <http://mariafro.com.br/wordpress/2011/10/20/vamos-cuidar-do-futuro-de-nossas-criancas-sim-combatendo-o-racismo-hoje/>. Acesso em: 29/10/11.

domingo, 16 de outubro de 2011

DIA DOS PROFESSORES


UMA DATA ESPECIAL
15 de Outubro de 2011


Mais uma vez - Renato Russo

Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=scQihBjz9RY>. Acesso em: 18/10/2011.

"Devo sempre lapidar a minha alma para que eu possa ser uma educadora que sonhe junto com os educandos, acreditando no potencial de cada um, não deixando nunca de lutar pelas boas novas".
Por Giselle Lima


Já se passou mais um ano de comemoração pela nobre profissão docente.

Gostaria de parabenizar a todos e a todas que exercem a docência e aos que estão caminhando para tal sonho. 


          O mundo precisa de educadores e não somente de professores, sejamos estimuladores de sonhos e não abortadores, não sejamos apenas proferidores de técnicas. Humildemente busquemos um mundo mais digno que transborde com mais calor humano. Aprendi que o educador não se fixa em status, pois enxerga para além da materialidade e se sacia com as maravilhas da vida, por exemplo, a brisa da manhã, café com leite bem quentinho, um pão fresquinho, um passeio em família, uma abraço da pessoa amada, uma roda de música, molhar os pés na beira da praia, olhar o horizonte, até mesmo escalar uma árvore, comer fruto tirado do pé, ler um bom livro, apreciar uma boa música... uma qualidade do educador é fazer as pessoas imaginarem, como seria bom se todos os professores fizessem isso em suas aulas.

          Os títulos, o status, as pesquisas realizadas, as dedicatórias são vistas para os educadores como presentes que a vida oferece e não meramente como "compras" conquistadas pelo esforço gasto com as horas sem dormir e o dinheiro investido. A educação não é status, é vida! Há uma total inversão de valores. Porém, mesmo em tantas inversões, por vezes estes presentes simplesmente aparecem para quem vê a educação como vocação ontológica para ser mais que Paulo Freire descreve no seu livro Pedagogia da Autonomia e não como mero espaço para emprego.

          O educador de verdade não liga para os luxos, não faz acepção de pessoas, não tem tempo para gastar com banalidades, pois dá valor para a essência dos fatos, fazendo o luxo parte de um sistema excludente e elitista, onde infelizmente a educação está contaminada, não estou colocando que não se pode lutar para se conquistar uma vida digna, não é isso, apenas escrevo que as conquistas não podem ser ganhas por meio de acordos desonestos e conquistadas por cima do sofrimento dos outros. O educador deve ver seus educandos com um olhar de amor, esperando o melhor para eles, nunca os comparando como concorrentes, mas como seus parceiros e seres humanos com inúmeros direitos.

          Educador antes de tudo é sensível, porém questionador, maleavelmente crítico, valoriza a sinceridade, afetividade e o respeito, ama viajar no mundo das ideias, sim o educador é um eterno aprendiz. Educador brinca com o tempo e por vezes se recolhe para analisar, cai por vezes e se machuca, porém tem sempre uma força que o levanta. O livro "Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo" me fez refletir sobre o ser educador, pois ser educador não é carregar livros e pastas debaixo do braço os perfumando com diversos tipos de desodorantes (WERNECK, 2009, p. 18) e desfilar pelos corredores, com crachás e óculos tipo nerd. Isto não prova a competência docente, é apenas um esteriótipo do senso-comum.

          Aprendi também outras necessidades, aprendi que os professores devem valorizar as situações singelas do cotidiano que são passageiras e analisar constantemente as suas práticas e as suas intenções para exercer a docência. Descobri que adentrar na docência como educadora e não apenas pelo título a ser conquistado, exige muito esforço e antes de tudo muito amor, não é qualquer coisa, estarei mexendo com sonhos, com vidas, com motivações, com pensamentos diversos, com mentes e corpos, não esquecendo a dimensão espiritual de cada um. Por isso escrevo, não adianta ter somente professores, pois o mundo precisa de educadores, o Brasil precisa de educadores.

          A educação não pode continuar por fachadas como está, vamos continuar cuidando dela, pois mudanças são necessárias! A comunicação nas relações humanas é primordial, aprendi que os educadores devem ser líderes flexíveis, não generais indiferentes e pessoas passatempos sem postura ou conteúdo e até sem ambas. Chega de autoritarismo, a mesma só faz perder a autoridade! Chega de máscaras na educação! Sejamos uma equipe de docentes e discentes em favor de uma educação de qualidade. Inclusiva na educação formal da creche até o pós-doutorado. Não podemos mais limitar a abrangência da Pedagogia somente até os primeiros anos escolares, a educação deve estar em tudo, é muito necessário a presença de pedagogos nos colégios, nas faculdades, nas empresas, nas classes hospitalares, nas ONGs, na FEBEM, no Conselho Tutelar, nas igrejas, ou seja, não tem um lugar se quer ou um curso se quer que não necessite de um avante pedagógico. Lutemos para abranger a Pedagogia, levando a educação para todos os cantos possíveis, nunca esquecendo em nenhum processo educatrivo da importância de uma educação informal sólida e humanística.

Quero ser educadora e em cada um de meus Professores Educadores da Pedagogia tenho um pedacinho de referência!

Com carinho,
Giselle


Abraços para todos os meus Professores Educadores!
Eu ainda chego lá, estou contando com vocês!


VOU QUERER CULTIVAR A EDUCAÇÃO DO ABRAÇO!

Disponível em: <http://chacomvirgula.wordpress.com/category/abraco/>. Acesso em: 15/10/2011.



"A competência técnico-científica e o rigor de que o professor não deve abrir mão no desenvolvimento do seu trabalho, não são incompatíveis com a amorosidade necessária à relações educativas. Essa postura ajuda a construir o ambiente favorável à produção do conhecimento onde o medo do professor e o mito que se cria em torno de sua pessoa vão sendo desvalados. É preciso aprender a ser coerente. De nada adianta o discurso competente se a ação pedagógica é impermeável a mudanças" (OLIVEIRA apud FREIRE, 1996, p. 10).


REFERÊNCIAS



FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 36 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 148 p.

WERNECK, Hamilton. Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo. 26 ed. Petrópolis: Vozes, 2009. 128 p.

Por Giselle Lima